Distrito Federal, Brazil/Sistema Viário

As classes de vias urbanas são definidas no Decreto 38047/2017 art. 3º e as vias de trânsito rápido e arteriais foram listadas na Instrução 701/2020 do DETRAN-DF e suas alterações. A classificação das estradas distritais foi publicada na Instrução 42/2010 e listadas neste anexo.

Veja também:

Vias secundárias e terciárias correspondem a coletoras primárias e secundárias, respectivamente. Como parte desta classificação não está publicada, pode-se produzir um mapa tanto visual- quanto logicalmente interessante (para roteamento por carro) seguindo esta regra:

  • Todas as vias são inicialmente do tipo residencial
  • Uma via oficialmente considerada "arterial" é definitivamente do tipo primária
  • Um trecho é do tipo terciária se:
    • Possui pelo menos 1 cruzamento interno (ou seja, sem incluir o primeiro e o último nó do trecho) e é preferencial sobre todos os cruzamentos internos; ou
    • Não possui cruzamentos internos e é suficientemente longo (~350 metros ou mais)
  • (subjetivo) Um trecho é do tipo secundária se possui cruzamentos internos com várias vias terciárias e é preferencial sobre elas, ou se comporta um volume de tráfego significativamente maior do que as terciárias mais próximas (possui mais pistas, mais semáforos, e é mais movimentada)

Note o seguinte:

  • A regra é apenas um guia e pode ter exceções, portanto não deve ser levada à risca em todos os casos
  • Alterações de sentido e em proibições de conversão podem alterar a classificação de trechos, e às vezes de vários trechos em cascata
  • Não são "cruzamentos" as junções em T, onde uma via termina em outra via transversal sem cruzá-la
  • A preferência é claramente indicada pelas placas Pare, mas quando há semáforos pode ser necessário conhecer a temporização ou (se você visitar o cruzamento com frequência) fazer deduções subjetivas

O tipo living street é mais adequado a ruas de baixa mobilidade. Por definição, deveria ser usado em ruas com placas indicando que o pedestre tem a preferência, mas esta prática não ocorre no Brasil. Assim, pode-se adaptar o uso de living street, com o benefício tanto visual quanto lógico (já que o cálculo de rotas tende a evitar esse tipo de caminho), para os seguintes casos:

  • Ruas do Centro com trânsito intenso de pedestres e, portanto, de difícil passagem por carro
  • Ruas em vilas e becos onde frequentemente há pedestres na rua dificultando a passagem
    • Isso também diminui a chance de ser roteado através de vilas, produzindo rotas mais seguras
  • Ruas muito estreitas onde só passa 1 veículo por vez, onde há uma boa chance de ser bloqueado por outro veículo

O tipo track pode ser usado para vias sem qualquer pavimentação mas usáveis por veículos. O efeito é tanto visual quanto lógico (diminuindo a chance de passar pela via havendo melhores opções por perto). No caso de vias que correspondem tanto a esse critério quanto a um dos critérios do tipo living street, prefira living street por expressar melhor a dificuldade de passar pela via, já que estradas não pavimentadas geralmente têm poucas obstruções ao tráfego exceto pela irregularidade da superfície e, assim, tendem a ser preferidas ao calcular rotas.

O tipo service deve ser usado em vias que conduzem ao interior de estabelecimentos, como condomínios, shoppings e estacionamentos. Esse tipo provavelmente nunca é uma via pública e, por isso, normalmente vem acompanhado da tag access para indicar o tipo de acesso à via, que normalmente é um dos seguintes valores:

  • private para as vias que necessitam permissão para entrar
  • permissive para as que geralmente estão abertas a qualquer hora (mesmo durante a noite) mas podem ser fechadas pelo proprietário sem qualquer aviso prévio
  • destination para as que geralmente estão disponíveis quando o objetivo é chegar a um ponto no interior delas (ex.: estacionamentos de shoppings); não deveriam ser usadas, a princípio, como atalhos

O tipo pedestrian serve vias amplos que foram convertidas em calçadões. O tipo path serve para caminhos normalmente usados por pedestres e/ou ciclistas mas inadequados para veículos como carros e ônibus. Normalmente usados dentro de parques, reservas e trilhas no mato. O tipo footway normalmente é usado para caminhos de pedestre pavimentados, como passagens urbanas, calçadas, pontes e viadutos de pedestres.

Quando houver a possibilidade de dúvida sobre a classificação, uma sugestão é anotar na tag note a razão para a classificação da via.

As vias do condomínio deverão receber a tag highway=residential e também access=destination. Nas vias principais destes condomínios pode-se usar highway=tertiary ao invés de highway=residential.

Brasília

Pouco mudou desde o plano piloto. Entre outras fontes, este site abrange quase todas as vias e as associa à terminologia de classificação original:

Terminologia local Características típicas Variações Casos
Principal 80 km/h Pistas centrais do eixo rodoviário ("eixão"), EPAR, EPCL, EPIA, EPNB, L4, EPGU, EPPR, EPTG, EPTM
Secundária 60 km/h 60-70 km/h EPTC, EPIG, pistas laterais do eixo rodoviário ("eixão"), L2 e W3 ("eixinhos"), eixo monumental, S4, S2, S3, N2, N5, EPAA, EPCB, EPCV, EPDB, EPPN
Acesso 40 km/h 40-50 km/h CLN, CLS, Parque da Cidade, N3, W3½, W4, W5, estradas vicinais
Local 20 km/h 20-30 km/h Quadras residenciais (SQN, SQN), demais vias motorizadas

Exemplos:

Águas Claras

Brazlândia

Candangolândia

Ceilândia

Gama

Guará

Núcleo Bandeirante

Paranoá

Planaltina

Recanto das Emas

Riacho Fundo

Riacho Fundo II

Samambaia

Santa Maria

São Sebastião

Sobradinho

Sobradinho II

SIA

Taguatinga

Veja Distrito Federal, Brazil § Classificação oficial de vias para a classificação oficial das estradas distritais, vias de trânsito rápido e arteriais.